Empresa aposta em picolés naturais de frutos do mato para conquistar clientela

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As irmãs Darli e Renata Castro

Como funcionária técnica do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a química Darli Castro Costa, 57 anos, teve a oportunidade de participar de diversas pesquisas científicas sobre os frutos regionais do Cerrado e do Pantanal, conhecendo as propriedades químicas e os valores nutricionais. Com tal privilégio, desejava empregar esse conhecimento em algo que também pudesse ser apreciado por quem está fora do ambiente acadêmico.

Ao mesmo tempo, Darli e a irmã, Renata Castro Costa, 45 anos, sempre quiseram muito montar um negócio próprio. Da junção desses dois desejos, surgiu em 2007 a ideia de investir na produção de picolés de frutas exclusivamente regionais, totalmente sem a utilização de essências e corantes artificiais, aproveitando somente o sabor puro da fruta.

Formalizada em 2010 e localizada no bairro Jockey Clube, em Campo Grande, a Picolé Frutos do Mato hoje produz 40 sabores de picolés de frutas de todas as regiões do Brasil, com destaque para os frutos do cerrado como guavira, cumbaru, bocaiuva e pequi.picole1200

“Acreditamos que, trabalhando com frutos regionais e sem a utilização de produtos químicos, estamos incentivando e resgatando a cultura alimentar do nosso estado e do país, ajudando a difundir sabores ainda pouco conhecidos pela população”, ressalta Darli.

Para ela, é gratificante compartilhar conhecimentos sobre a natureza e a própria cultura regional com os consumidores de seus produtos. “Mesmo sem grande divulgação na mídia, já temos clientes de diversos bairros da capital. As pessoas vêm à picoleteria ou fazem pedidos para entrega em casa ou em seus locais de trabalho”, diz.

Ao comentar a relevância de iniciativas como o Movimento Compre do Pequeno Negócio, do Sebrae, Darli observa que uma das principais contribuições de negócios como a Picolé Frutos do Mato é a diversidade de produtos que eles oferecem para a comunidade. “Com mais opções, criamos oferta e isso naturalmente aumenta a procura e movimenta a economia, favorecendo principalmente os bairros e, no final, a cidade como um todo”, enfatiza.

Texto: Fernanda Oliveira para a campanha do Movimento Compre do Pequeno – Sebrae.
Texto original publicado no Campo Grande News.

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